quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A solução para o processo judicial



O que é um processo judicial senão um problema? O judiciário está cheio de processos e talvez a chave para solucionar isso esteja, ao contrário do que se pensa, não estruturalmente no Estado, ou em nossas leis processuais, mas em diminuir o hábito das pessoas de criar problemas. Um problema não existe externamente por si só tal qual existe uma caneta ou uma maçã. Um problema é uma criação subjetiva, só existe na mente do sujeito. O problema no processo se chama de lide, que, como no direito bem se sabe, nada mais é do que um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida. Ou seja, é quando dois egos se chocam sem preocupação com a paz. Talvez a pessoas devessem entender que a busca pela paz é muito melhor do que um processo independente da indenização ou de qualquer outro pedido procedente, já que com ela a sociedade só tende a prosperar e evoluir rapidamente. As pessoas precisam querer menos para si e mais para o mundo. Pessoas físicas e jurídicas. Atualmente a esmagadora maioria das ações cíveis são consumeristas. Nesse contexto, é bom notar que uma grande sociedade empresária que não liga pra nada só para aumentar o lucro independente dos meios que usa para isso está se auto destruindo e minando a prosperidade da sociedade em que vive e a sua própria indiretamente. Um sujeito que pega para si algo que não é seu e mente pra manter isso, não está preocupado em contribuir para uma vida harmônica em sociedade e está prejudicando a si próprio com isso, ainda que não venha a pagar pelo que fez. Para mim, esses atos nada mais são do que pura ignorância e degraus a serem superados. Uma educação cívica perpassa em aprender a viver tendo como parâmetro a vida em comunidade, o bem comum e a evolução social tanto econômica quanto de felicidade de um povo, agindo assim, você se inclui nisso e não apenas reduz seu querer apenas para si. Independente da composição de uma sociedade, aprender a lidar com personalidades variadas, respeitar diferentes opiniões e à liberdade alheia é vital nesse cenário. Voltando ao cerne da questão, um processo nada mais é do que o confronto de pessoas que não aceitam reciprocamente resolver as coisas da melhor forma possível. É o resultado da manifestação de um querer egoísta seja de uma das partes, seja de ambas. E é isso que se tem de evitar. Um processo é resultado de uma atitude egoística de um querer além do devido. Um processo é fruto de um agir exclusivamente pautado no parâmetro satisfação individual mesmo que isso custe guerra, dor, dinheiro e sofrimento. Ignora-se assim o parâmetro vida feliz em sociedade. Vida feliz em um grupamento do qual todos fazemos parte. Mas e se eu fizer pela sociedade e o outro não fizer? Aí temos um processo como resultado. Um processo é algo a ser evitado em uma sociedade civilizada. O foco da atuação do judiciário deve estar prioritariamente em tratar essas questões e não exclusivamente em como julgar mais causas, ou como unicamente motivar as pessoas a acreditarem mais nas soluções estatais. Devemos pensar preventivamente. O foco tem que ser a paz e a felicidade das pessoas.

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